Estou vivendo um dia ruim, um daqueles... Em que você se torna um empecilho na vida de todo mundo... O famoso "ninguém te ama, ninguém te quer!...
Minhas amigas me enchem o saco com coisas que elas próprias me fazem pensar... A sociedade se torna tão imbecil quanto minha família que insiste em me comparar com alguém que eu não sou recriminando minhas atitudes o fato de me colocar em primeiro lugar em tudo... Mas pelo menos eu me amo!
Cansei de ser o patinho feio que vê os outros se dando bem enquanto sempre fica chupando o dedo... Cansei que ser o diferente em meio ao mundo tão idêntico. Quero deixar de ser um pontinho azul no meio de muitos pontos amarelos sorridentes e extravagantes. Eu queria ter um projeto de valorização, quem sabe assim alguém não pretende-se invadir de vez meu coração encobrindo o enorme vazio demográfico que lá se encontra.
Eu serei como uma borboleta cheia de metamorfoses, mesmo que após eu finalmente conseguir ficar linda e maravilhosa eu somente tenha alguns poucos momentos de vida. Morte... Muitos se assustam mesmo com a palavra. Eu penso diferente.
"A morte é uma solução de fins indesejáveis, de caminhos errados... Uma borracha que te permite arrumar uma folha de papel melhor...Se torna preferível morrer do que viver morto em uma realidade atormentadora!"
Eu não tenho medo de morrer eu tenho medo de viver dias ruins até que a felicidade do infinito me carregue em alma, tão desastrada eu sou me esquecendo das pessoas que me amam... Amor, por ela elas me recriminam e tornam da minha vida um inferno de dúvidas.
Eu queria só por um momento ser deixada em paz comigo mesma, pra que eu possa decidir quem eu sou, como sou e finalmente pensar que algum dia eu me aceitarei como eu sou ou simplesmente me mudarei até chegar onde eu quero como eu quero do jeito que eu sempre sonhei.
Eu acho que eu sou a única pessoa no mundo que sofre com 99% de chance de cair em uma depressão ou em um estado vegetativo... Por que a vida já me bateu tanto que estou quase entrando em colapso... Eu ainda sei sorrir, mas não sei mais diferenciar o meu sorriso verdadeiro do sorriso falso... E nem mesmo minha personalidade, eu acho que me fundi em algo que até eu mesma desconheço!
Sou uma estranha sem remédio pra loucura, que pula e grita sem ser escutada, que se magoa por que sabe que no fundo ninguém a entende, que ninguém a compreende e que nunca alguém vai conseguir tirar o manto negro que esconde seu letárgico coração.
Melzinha Ribeiro
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