quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Martha Medeiros

O muro quase branco pede um testemunho grafitado. A mesa poeirenta pede um poema rabiscado com o dedo. O carro sujo pede um Vilma ama João no vidro traseiro. A areia da praia pede um coração desenhado com um pedaço de pau Mas a onda apaga todas as declarações A mangueira limpa as confissões automotivas. O poema some no perfex da criada,e o grafite é condenado pela prefeitura... Duram mais os amores silenciados

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